Copa do Mundo Feminina: Como joga a França, próxima adversária do Brasil

Duração:

3 min

Redator:

Odds Scanner

Publicado em:

29/07/23

As condições para uma vitória do Brasil contra a França na Copa do Mundo Feminina são adversas. Pelo menos quando olhamos o retrospecto entre as equipes. A seleção brasileira nunca venceu as francesas em um duelo que envolve 11 partidas.

Foram 6 vitórias tricolores e cinco empates. O revés que martela a cabeça de muita gente foi pelas oitavas de final da Copa de 2019, quando a França foi anfitriã. A partida terminou em 2 a 1 na prorrogação e significou a eliminação do Brasil nas oitavas de final.

Contexto conturbado

Mas muita coisa mudou na seleção europeia, principalmente neste ano. Jogadoras de destaque como as atacantes Kadidiatou Diani e Marie-Antoniette Katotou, além da capitã Wendy Renard, decidiram deixar a equipe por desentendimentos com a então técnica Corinne Diacre.

Esta foi a gota d’água na relação da treinadora com a equipe que já sofria desgastes desde a eliminação nas quartas de final do mundial de 2019 para os Estados Unidos. Diacre foi substituída em março deste ano por Hervé Renard, técnico que ficou conhecido por treinar a Arábia Saudita na última Copa do Mundo masculina.

Renard promoveu as voltas de jogadoras importantes como a meia Amandine Henry e a atacante histórica Eugénie Le Sommer. A equipe apresentou resultados expressivos neste ano, com vitórias sobre Canadá, Colômbia e Dinamarca. Mas perdeu o amistoso contra a Austrália às vésperas da Copa.

Esta foi a única derrota da França no ano. Em oito jogos, foram 5 vitórias e dois empates. Aliás, uma igualdade marcou a estreia francesa na Copa, em uma partida sem gols contra a Jamaica, país que nunca havia pontuado em mundiais.

Como joga a França?

O time francês mudou bastante sob Renard. Ele mudou o 4-3-3 de Diacre para atuar com um 4-2-2 clássico. Renard é a líder defensiva, mas também é bastante utilizada nas bolas aéreas ofensivas por conta de seu 1,87m de altura.

O meio-campo tem três volantes. A bola passa quase sempre por Toletti e Geyoro, enquanto Matéo joga espetada pela direita. O ataque merece atenção, com a dupla Diani e Le Sommer, mas faltam opções. Isso porque Delphine Cascarino e Katoto foram cortadas por lesão.

Time-base da França

Peyraud-Magnin; Maëlle Lakrar, Wendie Renard, Estelle Cascarino e Sakina Karchaoui; Clara Matéo, Grace Geyoro, Sandie Toletti e Amel Majri; Kadidiatou Diani e Eugénie Le Sommer.

Pontos fortes da França

Boa aérea com a grandalhona Wendy Renard;
Cruzamentos da canhota Majri, a mais técnica do meio-campo;
Duplas de ataque com a força de Diani e a completa Le Sommer.

Pontos fracos da França

Falta de criatividade no meio-campo, repleto de volantes;
Lateral-direita Lakrar tem dificuldades ofensivas;
Faltam peças de reposição, uma vez que a seleção chegou desfalcada para a Austrália.