Cláudio Pitbull: “Ganhar dinheiro nas apostas não significa que você está no caminho certo. Você tem que saber de onde ele vem.”

Cláudio Pitbull é um ex-jogador de futebol brasileiro com carreira de destaque em times nacionais e estrangeiros.
Redator
Rafael Dornas
Publicado em:
16/03/22

Cláudio Pitbull é um ex-jogador de futebol brasileiro com carreira de destaque em times nacionais e estrangeiros. Foi campeão da Copa do Brasil pelo Grêmio, em 2001, e campeão da Taça da Liga de Portugal de 2008 com o Vitória de Setúbal.

Desde que se despediu da carreira de atleta, ele começou a se interessar pelas apostas esportivas, que hoje são a sua principal atividade. A trajetória dentro dos gramados faz com que Pitbull passe uma experiência diferente para os seus milhares de seguidores nas redes sociais, que também sonham em se profissionalizar nas apostas como ele.

Logo que começou, um dos principais desafios foi trabalhar o mindset, o controle emocional, que ele e tantos outros apostadores profissionais enfatizam como essencial para ser bem-sucedido no ramo. Pitbull, que ganhou o apelido na época em que atuava no Grêmio por causa do seu temperamento nervoso, diz que se "tivesse a cabeça de 20 anos atrás, eu já teria quebrado a banca."

"’Se, no início, você não tiver uma boa cabeça, você desiste. Controle emocional, para mim, é fundamental. Não só nas apostas como na vida. Se você não tiver controle emocional, você não vai parar de quebrar a banca."

O início nas apostas

Cláudio Pitbull encerrou a sua carreira como jogador em 2018, após passagem pelo carioca Cabofriense. Quando um atleta para de jogar, vem a pergunta: "O que fazer agora?" Com ele, não foi diferente. Mas o seu irmão o ajudou a encontrar um novo objetivo: vencer nas apostas esportivas. "O meu irmão, que já era apostador, me sugeriu entrar nesse mercado. Já que eu sabia do assunto, por ser ex-jogador, decidi me arriscar", conta.

Pitbull, assim como a maioria dos grandes apostadores, é adepto às planilhas. De acordo com o ex-jogador, não anotar as entradas, métodos utilizados, ligas e outras informações das operações é o erro que 90% dos iniciantes cometem. E produzir esses documentos demanda tempo e paciência.

Ele reforça que só o fato de ter atuado nos gramados não foi suficiente para entender e ser bem-sucedido nas apostas. É claro que ter a bagagem do futebol ajuda muito, mas ele precisou de um grande preparo para entrar nesse novo mundo. A sigla "MGM", que ele ressalta incansavelmente, é o que considera a base para uma carreira sólida no ramo: Método, Gestão de Banca e Mindset.

Pitbull também acredita na importância de focar em times e ligas específicas, ao invés de fazer milhares de entradas diariamente. "Um dos grandes defeitos dos apostadores é apostar em muitas ligas", diz. Para ele, afunilar os times e campeonatos e anotar todos os detalhes de cada entrada é o que faz os resultados aparecerem.

"Ganhar dinheiro nas apostas não significa que você está no caminho certo. Você tem que saber de onde ele vem."

A importância da disciplina

Todo apostador tem as suas preferências, não só de mercados, mas, também, de como estabelecer uma boa rotina e formas de operar. Com Cláudio Pitbull não é diferente. O ex-atacante, por exemplo, prefere apostar com stakes fixas ao invés de variáveis. Para ele, inclusive, ela é mais indicada para quem ainda está dando os primeiros passos nas apostas: "Eu gosto da stake fixa, me adapto melhor a ela e recomendo para quem está começando".

A hora de trabalhar também vai de cada um. No caso dele, é sempre na parte da manhã. Ele gosta de acordar cedo, se exercitar, tomar um banho e um café e depois ir para o escritório. Tudo cedinho.

Porém, ele sabe bem que as apostas não são as "mil maravilhas". Tem sempre as fases mais complicadas. E as bad runs também acompanham a caminhada de Cláudio Pitbull. Ele diz que esses momentos difíceis "separam os meninos dos homens", e o segredo é não desistir quando isso acontece.

As bad runs – quando um apostador sofre uma sequência de reds ou até quebra a banca – são responsáveis pela desistência de muito apostador iniciante. Mas, para ele, se a pessoa tem um bom controle emocional e confiança no seu trabalho, a fase é vista como passageira e como parte da caminhada, já que o apostador tem seus métodos validados, anota as entradas e sabe o que está fazendo. "A bad run separa os apostadores fracos dos bons. Tem que estar muito forte mentalmente."

"Uma bad run, às vezes, te fortalece muito mais do que uma sequência de greens. Quem passa algumas vezes por bad runs vai pegando casca, sabe que aquilo é só uma fase. Você fica calejado e segue a vida."

Mercados favoritos e onde operar

Os mercados preferidos de Cláudio Pitbull são Ambas Marcam e Handicap Asiático. Ele também tem se interessado bastante pelo mercado de cantos, que tem boas oportunidades e segue crescendo. Mas, para ele, o importante é conhecer bem o mercado antes de se aventurar nele.

"Muita gente não opera em um determinado mercado porque tem preguiça de entender como ele funciona, ou opera sem saber como é. Eu vi gente se dando mal em mercados que não conhece e falo: ‘Como você aposta se você não conhece?’ Se você está com dúvida, então se informa!"

Pitbull diz que o local onde ele mais gosta de operar é na Punter Place, mesmo tendo parcerias com a Betmotion, Vbet e Bet7. O mais importante, segundo ele, é ir onde estão as melhores odds. "O grande profissional tem que ir nas casas que te dão as melhores odds", ressalta.

Pitbull, o ex-jogador de futebol

Pitbull destaca o fato de ter conseguido jogar futebol profissionalmente e fazer amizades em todos os cantos do mundo como uma das suas maiores realizações na vida. E isso já o deixa feliz quando relembra da sua carreira, que foi vencedora. "Eu fico até arrepiado em falar que consegui jogar futebol. Eu só agradeço a Deus por ter me dado essa oportunidade de poder jogar e ser feliz em alguns clubes".

Entre as conquistas, Pitbull foi campeão da Copa do Brasil com o Grêmio, ganhou dois Gauchões com o time, e levou o título da Taça da Liga de Portugal pelo Vitória de Setúbal. O sucesso na "Terrinha" foi tão grande que ele ganhou uma pizza com o seu nome na cidade em que atuou.

"Eu me identifiquei muito com o Vitória de Setúbal. Eu consegui classificar o time para a Liga Europa, cheguei na semifinal da Taça e fomo campeões da Taça da Liga. Eu fui eleito o melhor jogador da Taça da Liga e o melhor jogador da final. Acabei ganhando o nome de uma pizza, em um restaurante perto do estádio do clube."

Pitbull também lembra de histórias em que, nos dias de hoje, faria diferente. Mas garante que não se arrepende de nada.

"Uma vez, no Grêmio, eu toquei o extintor de incêndio na concentração, mas não me arrependo. Tem coisas que a gente poderia ter feito diferente, mas são escolhas que tem consequências e você aprende com os erros no passar do tempo."

Afinal, dá para viver das apostas?

Hoje, o ex-jogador diz que não vive 100% das apostas esportivas: "Tenho outros investimentos por aí". Mas isso não quer dizer que ele não acredite que isso seja bom e possível. O segredo é ter calma, paciência e saber usar o seu dinheiro. Pitbull enfatiza que "não tem milagre" nesse ramo e alerta: "Não use dinheiro que você não possa perder".

"Não tem nada fácil nas apostas, e não queira achar que você vai largar tudo e conseguir viver das apostas de maneira fácil do dia para a noite. Enquanto as pessoas não entenderem que não tem ciência exata, não adianta."

A entrevista na íntegra você confere no vídeo acima e no nosso canal no YouTube.

Escrito por:

Rafael Dornas

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