A Jamaica é a adversária do Brasil no confronto decisivo por uma vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo Feminina. As ‘Reggae Girlz’ participam pela segunda vez do torneio e pela segunda vez vão enfrentar a seleção brasileira na fase de grupos.
Em 2019, o Brasil venceu a partida por 3 a 0, com hat-trick de Cristiane. Este foi o único duelo entre as equipes na história. Naquela Copa, a seleção caribenha perdeu todos os jogos e não marcou nenhum gol.
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— FIFA Women's World Cup (@FIFAWWC) July 29, 2023
Já nesta Copa, o primeiro gol veio junto com a primeira vitória da Jamaica em mundiais. A zagueira Allyson Swaby marcou de cabeça o único gol da partida contra o Panamá. O resultado positivo veio após um empate contra a França na estreia. Desta forma, a Jamaica tem 4 pontos e ocupa a segunda colocação do Grupo F por ter um gol a menos do que as europeias, que lideram o grupo.
A Jamaica avançou para a Copa na terceira posição das eliminatórias da Concacaf. Obteve vitórias contra Costa Rica e Haiti, duas equipes que também avançaram para o Mundial. Além disso, a seleção que ocupa a 43ª posição no ranking da FIFA também bateu o México, que sediou o torneio eliminatório.
A base do atual elenco é a mesma utilizada em 2019, mas o técnico é diferente. Lorne Donaldson assumiu o comando em junho de 2022 e precisou contornar um problema entre as atletas e a federação.
Vaquinha online
Em junho deste ano, as jogadoras publicaram uma carta aberta nas redes sociais reclamando das condições de planejamento para o Mundial, considerado “abaixo da média”. A equipe precisou de uma vaquinha online, organizada por Sandra Phillips-Brower, mãe da meia Havana Solaun, para ter dinheiro suficiente para a disputa da competição.
“O sucesso das Reggae Girlz tem tido apoio de uma equipe formada por treinadores, terapeutas e médicos que passam horas sem fim para garantir que as meninas estejam bem. A viagem para a Austrália em julho de 2023 é uma jornada cara e minha intenção é permitir que tanto a comissão técnica quanto as jogadoras possam focar na competição, levantando fundos para cobrir alguns dos custos dessa incrível aventura”, detalhou Sandra na página online da vaquinha.
Como joga a Jamaica?
O espírito aguerrido da equipe nos bastidores é refletido dentro de campo. A equipe de Donaldson é formada em um 4-1-4-1 que pouco fica com a bola e explora a força e técnica da pivô Khadija Shaw.
A atacante do Manchester City não atuou contra o Panamá porque foi expulsa diante da França. Agora ela está de volta e pode ser considerada o ponto que merece maior atenção por parte do time brasileiro.
Além de ‘Bunny’, como é apelidada a atacante, outras jogadoras importantes da Jamaica também atuam no futebol inglês. É o caso da meia Drew Spence, que joga no Tottenham Hotspur e por quem as ações ofensivas passam quase que obrigatoriamente. Ela é companheira de equipe da goleira Rebecca Spencer, que ainda não foi vazada na Copa.
Embora tenha apresentado desempenho consistente em dois jogos pela Copa, a Jamaica ainda pode ser considerada azarona. A equipe perdeu amistoso por 3 a 0 contra Austrália e Espanha, duas equipes do mesmo nível do Brasil. O time também foi superado pela Coreia do Sul, que já foi eliminada, além de Paraguai e República Checa, que nem se classificaram para o torneio.
Time-base da Jamaica
Rebecca Spencer; Tiffany Cameron, Allyson Swaby, Chantelle Swaby e Deneisha Blackwood; Vyan Sampson, Trudi Carter, Atlanta Primus, Drew Spence e Jody Brown; Khadija Shaw.
Pontos fortes da Jamaica
- A força e técnica de Khadija Shaw, atacante do Manchester City;
- Chutes de fora da área, especialmente com Drew Spence;
- Defesa bem postada.
Pontos fracos da Jamaica
- Equipe sofre com bolas pelas pontas e permite cruzamentos;
- Jogadas aéreas defensivas;
- Pouca criatividade para criação de jogadas.
Jamaica x Brasil: Ficha técnica
- Partida: Jamaica x Brasil – Copa do Mundo Feminina
- Data: 02/08/2023
- Horário: 07:00 (Horário de Brasília)
- Local: Estádio Melbourne Rectangular
- Transmissão: Globo, SporTV, YouTube e FIFA +;
- Árbitro: Esther Staubli (SUI);
- Assistentes: Katrin Rafalski (ALE) e Susanne Kueng (ALE);
- VAR: não divulgado.
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