Iniciativa promete estreitar os laços entre clube e torcedores.
O Atlético-MG comprovou que o clube está atualizado e por dentro das novas tecnologias. O time mineiro vendeu há poucas semanas 850 mil unidades de fan tokens – um ativo digital usado no mundo esportivo – na plataforma Socios.com. Os torcedores atleticanos esgotaram os dois (2) lotes de FTOs em pouquíssimo tempo, o que mostra a popularidade que o segmento vem ganhando aqui no Brasil.
O Atlético Mineiro deu o nome de $GALO ao seu fan token. Cada unidade da moeda digital foi vendida a 2 dólares, ou aproximadamente R$ 10. O sucesso e a adesão foram tão grandes que o primeiro lote, de 600 mil unidades, não chegou a ficar mais que oito (8) minutos à venda. Foi a quarta venda mais rápida da história do setor.
Já a segunda leva, de 250 mil unidades, também não demorou muito tempo para terminar. Com o total de 850 mil fan tokens vendidos, a expectativa é de continuação de investimento forte no time. A quantia gerou o retorno de R$ 9 milhões, com R$ 4,5 milhões entrando para a conta do time de Belo Horizonte. Atualmente, o clube mineiro tem em seu elenco nomes de grande relevância do futebol brasileiro e mundial, como os atacantes Diego Costa e Hulk.
No caso do $GALO, torcedores que já garantiram o seu token terão o direito de tomar decisões de pequeno impacto – como, por exemplo, fazer parte de votação para escolher o novo modelo da braçadeira de capitão, e por aí vai. Se um comprador do fan token for sorteado, ele leva um exemplar para casa.
Mas afinal, o que são fan tokens?
Fan token nada mais é do que um ativo digital – uma criptomoeda – que permite ao torcedor participar mais ativamente de decisões que envolvam o seu time do coração. Ele deixa de ser um mero espectador para se tornar um tomador de decisão.
O prazo de validade, o valor inicial a ser cobrado e o encerramento da criptomoeda são definidos pelos próprios clubes. Os ativos também podem ser negociados na bolsa e sofrer variação de preço. Um exemplo disso foi o caso dos fan tokens do Paris Saint-Germain (PSG), da França. O time parisiense deu o que falar recentemente ao usar a venda da moeda digital para o pagamento de parte das “luvas” do meia-atacante argentino Lionel Messi. Com a chegada do craque, o FTO do clube passou por uma valorização de mais de 50%.
Aqui no Brasil, clubes como Vasco, Cruzeiro e Corinthians já aderiram à moda e tem seus próprios ativos digitais. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também realizou no final de julho a primeira venda de milhões de unidades do seu BFT (Brazilian Fan Token), gerando cerca de R$ 90 milhões.
Fan tokens – tendência mundial no esporte
A tecnologia de fan tokens está sendo cada vez mais utilizada no mundo do esporte. Além de gerar uma nova fonte de receita para os clubes, a moeda digital é vista como uma forma de criar uma interação maior entre torcedores e instituições.
Atualmente, várias equipes de futebol fora do Brasil contam com a tecnologia – PSG, Manchester City, Milan, Juventus, Roma, Atlético de Madrid e Galatasaray são alguns dos clubes de futebol. Fora de campo, equipes de esports, como o Team Alliance, Natus Vincere e Team Heretics, e equipes de Fórmula 1, como Aston Martin Cognizant e Alfa Romeo Racing também já seguem a tendência.
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